Quando falamos de “Comunicação” logo nos vêm termos utilizados diariamente, como comunicação de massa, comunicação em rede, aldeia global, globalização, tecnologia, comunicação empresarial entre outros. Termos que estão em destaque nos dias de hoje.
Primeiramente, temos que entender o conceito da comunicação. A palavra veio do latim communicatio, que significa “está encarregado de”. Com o acréscimo do prefixo “co” o significado passa a ser “reunião”, ou seja, temos a ideia de uma atividade realizada em conjunto. Sendo assim, comunicação quer dizer: Comum + Ação, no qual obtemos a “ação em comum”, a “reunião de informações em comum”.
Se olharmos na linha do tempo, perceberemos que a comunicação teve início desde a pré-história, dos homens da mesma aldeia ou para transmitir a cultura e/ou tradições. A escrita só se tornou estabelecida e criada séculos depois na mesopotâmia. Todos esses meios de comunicação, assim como diziam os grandes filósofos, Aristóteles e Platão, eram para o modo de aprendizagem e expressão do conhecimento.
Desde então, já temos o conceito de “Aldeia Global”, teorizado pelo grande filósofo e educador, Marshall McLuhan. Essa expressão quer dizer que o progresso tecnológico estava reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia, ou seja, uma comunicação bidirecional e entre dois ou mais indivíduos. Paralelamente já conseguimos visualizar que a comunicação já permeava a Terra desde os primórdios da vida.
Consequentemente, falando em aldeia global, já nos vem a mente a palavra “rede”. Comunicação em rede. A origem dessa palavra vem do latim retis, que traz o significado de fios entrelaçados. Um entrelaçado de coisas unidas apenas por um ponto que se divide em mais pontos, formando assim um conjunto de fios.
Focado no termo da comunicação, temos, então, uma sociedade em rede. Uma sociedade que necessita se comunicar, denominando uma ação comum, que será transmitida para outros seres da mesma espécie, como uma massa, formando assim, uma rede de comunicação. Uma Sociedade em Rede.
Evidenciamos isso no artigo científico de Taís Marina Tellaroli e João Pedro Albino, como o tema: “Da sociedade da informação às novas tic’s: questões sobre internet, jornalismo e comunicação de massa”. Nesse foram discutidos o sistema de comunicação, tecnologia da informação e crescimento das redes integradas.
E nessa sociedade “contemporânea”, praticamente, todos estão inseridos nesse novo mundo da tecnologia da informação, dentre dessa rede chamada Internet. E então vem a perguntar: “E eu que não faço parte dessa rede, dessa aldeia, sou o que?”. A resposta é simples. Um morto digital. Um morto que não bebe dessa informação, mas isso não quer dizer que este indivíduo seja um morto de conhecimento.
E foi pensando nesse conceito que os próprios veículos de comunicação como o jornal, revista e rádio decidiram tornarem-se veículos “vivos digitais”. Os jornais começaram a disponibilizar suas matérias virtualmente, assim como as revistas, e os rádios passaram a transmitir seus programas por podcast. Isso tudo para não ser apenas mais um morto digital, e estar incluso dentro desse meio digital. Pois, hoje, quem não está acompanhando a “aldeia” e as tsunamis das novas comunicações, está fora dessa realidade e consequentemente excluído deste contexto.
Será mesmo essa realidade enfrentada pela comunicação, para o próximo século, ou será que podemos mudar esse entrelaçado de fios e modificar a rede da comunicação?
Por Victor Sanches
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