Nosso cérebro é o principal órgão e o centro do sistema nervoso dos seres humanos e de todos os animais vertebrados. É por meio de ações e estímulos deste órgão que conseguimos apreciar os nossos cinco sentidos: visão, audição, tato, paladar e olfato.
Analisando por este lado parece que o trabalho do cérebro é muito simples, tratando, exclusivamente, de um único órgão, solitário, mas ele é extremamente complexo. Nele contem cerca de 100 bilhões de neurônios, responsáveis pelos processos que conduzem impulsos nervosos para o corpo e do corpo para a célula nervosa.
E os neurônios utilizam-se de conexões sinápticas, que são responsáveis pela ligação entre os neurônio, fazendo assim, uma comunicação de informações altamente eficaz. Uma vez que, um neurônio “morre”, ou melhor dizendo, quando um neurônio apresenta processos patológicos e degenerativos, no qual ocorrem cortes ou secções dos tecidos nervosos, eles começam a dividir a “carga de trabalho” para os 100 bilhões sobreviventes.
Ou seja, sem o nosso cérebro não conseguiríamos viver, seriamos apenas um ser não pensante, sem a percepção dos sentidos e da vida. E porque questiono isso caro leitor? Porque a comunicação seja ela na internet, no jornal, na TV, é como o funcionamento do nosso cérebro.
Sendo assim, imagine a internet sendo um cérebro humano, no qual as páginas da web são os nossos neurônios, os hiperlinks são as nossas conexões sinápticas e toda massa volumosa dentro do cerebelo é o conteúdo do qual se é reproduzido dentro desta plataforma.
Assim como os nossos neurônios são rápidos em transmitir os sentidos, como por exemplo, sentir o gosto do café, as informações transmitidas pela internet é absurdamente rápida, como num piscar de olhos. Só que, como uma picada de uma agulha, no qual a musculatura tem uma reação de ardência e formigamento, a comunicação dentro desse universo também tem esse lado negativo.
Cabe a nós sabermos se nosso corpo está anestesiado em ingerir essas informações ou não. Informações que tem a falsa sensação de ajudar, mas que é apenas uma gordura saturada. Saturada de conteúdo sem qualidade; saturada de não comprometimento com a verdade; saturada com a reprodução de massa de uma mesma notícia em milhões de lugares; e saturada de mostrar a imparcialidade da notícia.
E, assim como o Botulismo, uma doença infecciosa produzida pela bactéria toxina do bacilo que deixa uma paralisia no sistema nervoso, não podemos deixar que, apenas, esse tipo de informação seja uma camisa de força rotineira da vida. Existem outros meios.
Mas, também, não podemos ser hipócritas a ponto de simplesmente ignorar esse fato, tentando negar a si mesmo que não utilizamos desses meios. O século XXI, em relação à comunicação, foi como a invenção da roda, a novidade do momento, começando pela alta tecnologia da internet, rapidez na comunicação e envio da informação e produção de materiais realizados por simples aparelhos celulares ou tablet.
O que devemos fazer é dosar a informação. Assim como dizia na passagem de Hamelt “Palavras...palavras...palavras”, realmente, a internet está cheia disso, é tudo que é “muito” é “ruim”. Cabe a nós separar o joio do trigo e não tampar o sol com a peneira!
Por Victor Sanches
seja o primeiro a comentar!