quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Outra maneira de se fazer jornalismo

As novas tecnologias, hoje, dão acesso a todos os conteúdos necessários para quem deseja informação rápida. Acontece que na era digital, tudo é rápido. "E quem tem pressa come cru”. Literalmente.

No jornalismo online, as informações são pouco apuradas, talvez por causa da velocidade que essa comunicação exige, e também porque ela precisa ser menos cansativa, afinal, ninguém lê matérias gigantescas na internet. Daí surge o excesso de informação e isto causa pânico, além de termos milhares de bombardeios de assuntos, o que causa a comunicação de massa também na internet, temos a informação crua e mastigada.

Por outro lado, o jornalismo na web democratizou o acesso às informações, antes destinadas apenas a uma parte da população, embora muitos jornais só disponibilizam noticias por assinaturas online. Mas isso é uma situação que está preste a acabar por conta de outros jornais ou blogs que dão acesso gratuito. Além disso a internet nos possibilita um texto mais leve e dinâmico, o que põe a fim, o grosso lide dos jornais impressos. Ele dá liberdade à criação e a literatura.

Os blogs por sua vez, possuem ótimos conteúdos dos especialistas em determinado assunto, principalmente na área da saúde e tecnologia. Isso só tem a contribuir a boa comunicação, mas por outro lado, tem aqueles que vomitam assuntos que criam a "alienação" de grande parte das pessoas, achando-se o dono da informação ou propriamente jornalistas. E como, nós jornalistas, podemos nos impor nesta situação, em que qualquer um hoje pode falar e criticar qualquer coisa. Simples, mas o que ninguém percebe é que a informação necessita de cuidados e não são poucos. Com uma comunicação mal passada, pode acabar uma vida, causar escândalos ou até mesmo criar uma guerra.

Mesmo assim, nem todos os jornalistas, formados ou com grande experiência afora se dão conta disso. Ainda mais os leigos. O segredo é sempre pensar antes de redigir ou compartilhar qualquer coisa. Será que o que vou transmitir vai servir para quem lê, vê ou escuta? E também é preciso olhar por outros ângulos. Um exemplo é a matéria que divulga: "Cresce o numero de usuários de drogas entre os idosos". Sim, é claro que essa informação deve ser transmitida, mas como? Afinal será que os idosos ou adolescentes que lêem vão achar normal a questão? Outros podem até se espelhar. É um risco. 

Enquanto não pararmos para pensar em qualidade estamos no retrocesso da informação. O jornalismo mudou muito desde a prensa gráfica, criada por Gutemberg. E passará a mudar ainda mais . Mas o que não pode e deve ser mudado é sua credibilidade. Para onde vai o jornalismo? Eis a questão!
Sâmara Azevedo

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