Presente, passado e futuro. Hoje, ontem e amanhã. O agora, voltar no tempo e adivinhar o que vai acontecer depois. Pretéritos perfeitos e imperfeitos. Isso e aquilo. Como diz a imortal música do Cazuza “o tempo não pára”.
Máquinas do tempo ou controle remoto são mostrados em alguns filmes como o nacional “O homem do futuro”, protagonizado por Wagner Moura e Aline Moraes, ou então, “Click”, com Adam Sandler. Já saber o que vai acontecer no dia de amanhã é possível ainda com novelas como “O astro”, exibida pela Globo.
Essa inconstância temporal representa a principal característica dos meios de comunicação online, atuante excessivamente nos dias atuais. O resultado é uma agilidade imensa em reportar o noticiário e uma liberdade maior ainda em criar repórteres e escritores.
A facilidade com que as informações são expostas nos sites e nos blogs acontece na mesma proporção que elas são esquecidas pelos leitores ou navegantes desse meio. Atualmente existe um excesso de notícias, de acontecimentos e de fatos, mas não existe um mínimo de aprendizado, menos ainda de entendimento.
O hábito de leitura, atuante principalmente nos jornais e/ou nos livros, deveriam ser migrados também para esses novos meios de comunicação. Compreender o que está escrito em um texto ou numa imagem é muito diferente de apenas ver essas mesmas coisas.
Em uma linguagem jornalística, é simples exemplificar isso. A maioria das pessoas tem preguiça de ler textos grandes, e com isso, aderem apenas a leitura dos lides ou dos resumos, algo superficial.
Por isso, hoje a ação verbal em tese é: interpretar. Essa é a verdadeira missão dos usuários da internet. O fato de que o texto está postado na tela do computador, dentro de um servidor, não prova que aquelas informações são veridicas.
Primeiro porque cada escritor tem uma visão, um conhecimento, uma identidade independente e assim, o mesmo acontecimento pode ser mostrado de formas divergentes. Segundo que, muitas vezes, alguns usuários agem de má fé e publicam matérias com a finalidade de prejudicar pessoas ou simplesmente fofocar.
Segue uma frase retirada da crônica As Cartomantes escrita por Olavo Bilac: “... mas é impossível exterminar a raça de tolos; e, enquanto houver tolos que queiram ser enganados, eles próprios inventarão quem os engane”.
Irving Malaguti
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